quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ameaça extrangeira


O que segue é um comentário enviado por Sidimar Ferreira Rostan, jornalista, graduado pela URCAMP - Universidade da Região da Campanha.

Utilizo-me destas sábias palavras de modo complementar ao assunto do post de 28/04/08, entilulado: "Meu Pampa querido - Parte II", referente à prática do monocultivo de espécies de eucalipto, pinus e acácia-negra no Pampa gaúcho.

"A hipocrisia infelizmente continua sendo um eficiente instrumento político-administrativo. E o melhor exemplo da eficiência deste discurso emerge da Noruega. O país europeu justifica sua condição de ícone do desenvolvimento social por reproduzir um sistema de ensino eficaz, manter uma confiável rede pública de saúde e garantir equidade na distribuição de renda. Mas, fora de seu território, membros da coroa norueguesa fomentam o atrasado modelo de desenvolvimento econômico-financeiro que reduz a “questão” sócio-cultural à geração de empregos e ao investimento compensatório em ações reconhecidas como atos de responsabilidade ambiental. E foi no Rio Grande do Sul que a família norueguesa Lorentzen, ligada à coroa daquele riquíssimo país do norte europeu, encontrou o cenário político perfeito para potencializar o seu discurso incoerente por conveniência$. A família nórdica controla 28% da Aracruz Celulose, a maior papeleira do Brasil. E a opinião pública nunca a incomodará. Afinal, os pulmões e as expectativas dos 4,5 milhões dos nobres súditos da coroa nórdica estão bem longe do sul do Equador, onde, aliás, o pecado ainda não existe."

Nenhum comentário: