quinta-feira, 12 de junho de 2008

A complexa Neurociência

  • Descobertas sobre as "misteriosas borboletas da alma”

O anatomista espanhol Santiago Ramón y Cajal, um século atrás, estudou o cérebro humano, preparando cortes histólogicos corados com uma substância de sais de prata. Ao decorrer da esperiência ele percebeu que algumas células mantinham a coloração, enquanto outras não absorviam o pigmento. Ele, então, observou que as células do sistema nervoso diferenciam-se das demais células do organismo, por possuirem um corpo central de onde partem inúmeras ramificações que as conectam com uma infinidade de outras células semelhantes, e as chamou de neurônios.
Entre todas as descobertas, Cajal também observou que os neurônios apresentam diferenças em relação à forma e ao tamanho, constatando que aqueles com prolongamentos curtos comunicam-se com vizinhos próximos, enquanto outros, expandem seus “tentáculos” para distantes áreas cerebrais e até para a medula espinhal.
Cajal descreveu o processo de transmissão de “sinais” de neurônio para neurônio através de seus prolongamentos - os axônios - que se comunicam com as extensões do neurônio seguinte - os dendritos - e deu a essa propriedade de comunicação o nome de polaridade. Com essa descoberta - a teoria neuronal - o anatomista recebeu o prêmio Nobel de Medicina e, ainda, o título de “pai da Neurociência moderna”.
Segundo ele, os neurônios são “as misteriosas borboletas da alma, cujo bater de asas poderá algum dia - quem sabe? - esclarecer os segredos da vida mental”.

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