- Primatas em perigo!
Os primatas (ordem que inclui o homem) é caracterizada por animais com olhos frontais e braços, pernas e dedos altamente flexíveis. Essa estrutura corporal se desenvolveu como uma adaptação para a vida nas árvores: os primatas têm membros flexíveis e mãos fortes para que consigam se mover de um galho para o outro. Os olhos frontais também são uma adaptação para a vida nesse ambiente: eles proporcionam uma excelente percepção de profundidade aos primatas, permitindo que calculem com precisão a distância entre as árvores.
Existem 235 espécies de primatas e todas apresentam características especiais que os diferem dos outros mamíferos, entre as principais delas estão: Mais confiança na visão do que no cheiro; visão binocular; membros do corpo e mãos adaptados para pendurar-se, saltar e balançar nos ramos; habilidade para manipular objetos pequenos usando dedos com unhas em lugar de garras; cérebros grandes em relação ao tamanho corporal e uma vida social complexa.
As 235 espécies de primatas modernos estão divididas em duas subordens: prossímios e antropóides. Os prossímios são classificados em 6 famílias: Lemuridae, Indriidae, Megaladapidae, Lorisidae, Tarsiidae e Daubentoniidae; ao todo aproximadamente 60 espécies, caracterizadas como sendo o grupo mais primitivo entre os primatas. Eles apresentam menos inteligência e se parecem mais com outros grupos de mamíferos (geralmente têm bigodes e focinhos alongados). Os prossímios se separaram da linha evolutiva dos humanos relativamente cedo. Os Prossímios dominaram as florestas ao norte da América, Ásia e Europa durante o período Eoceno. Seu reinado inabalável terminou aproximadamente há 30 milhões de anos e eles só são encontrados no “Velho Mundo”. Esses primatas primitivos são de tamanho pequeno e médio e possuem pelos longos, focinho pontudo, olfato e audição bem desenvolvidos. Muitos prossímios possuem quatro mamilos pequenos e produzem grandes ninhadas e não apenas um filhote, como é o caso dos primatas superiores. Eles são totalmente noturnos, exceto os lêmures malgaxe. Os lêmures evoluíram na ilha de Madagascar, longe dos outros primatas. Já os lorisídeos, tiveram que competir com outros primatas maiores e mais inteligentes da Ásia e África, por isso eles se alimentam à noite, durante o periodo de inatividade dos outros primatas de hábitos diurnos.
Os antropóides, geralmente chamados de "primatas superiores" (higher primates), compreendem o restante das espécies da ordem, variando muito em relação ao tamanho, extensão geográfica e comportamento, mas todos possuem faces achatadas, ouvidos pequenos e cérebros relativamente grandes e complexos.
Dentro da subordem dos antropóides, os primatas são agrupados em macacos, símios e humanos. Os macacos podem ser facilmente identificados, pois são os únicos antropóides que possuem rabo. Os macacos são muito mais parecidos com outros mamíferos do que os símios ou humanos, um exemplo disso é sua estrutura óssea, bastante semelhante à de gatos, cães ou outros animais de quatro patas, diferindo bastante da estrutura óssea dos demais. Na linha evolutiva dos humanos, os macacos se separaram muito antes dos símios.
Os macacos do “Novo Mundo” (sagüis, tamarins, macacos-prego, macacos-de-cheiro, macacos-da-noite, monos-carvoeiro, etc) tendem a ser pequenos, residem exclusivamente nas árvores e são encontrados somente na América Central e América do Sul. Os macacos do “Velho Mundo” (macacas, babuínos, lângures, etc) podem ser subdivididos em Cercopitecóideos (macacos com bolsas nas bochechas), que são, em sua maioria africanos e Colobines (macacos comedores de folhas), que são principalmente os asiáticos. Ambas estas famílias, junto com os símios e os humanos, são conhecidas como catarrinos pois têm o septo nasal estreito e as narinas voltadas para baixo.
Os símios, grupo que inclui gorilas, chimpanzés, orangotangos e gibões, são muito parecidos com o homem, pois apresentam uma mesma estrutura corporal básica e um grande nível de inteligência. Temos como exemplo disso a semelhança entre os chimpanzés e humanos, que compartilham de 98% de seus materiais genéticos. Em contraponto, uma diferença que se estabeleceu entre esses dois grupos durante a caminhada evolutiva é que os símios utilizam-se dos quatro membros para caminhar enquanto os humanos caminham eretos, ou seja, apoiam-se nos membros posteriores, sendo assim considerados bípedes.
Dois, dos quatro tipos de símios - o orangotango e o gibão - vivem na Ásia. Os outros dois - o chimpanzé e o gorila - vivem na África.
Todas as 235 espécies de primatas estão listadas na Convenção sobre o comércio Internacional das espécies da fauna e da flora selvagem ameaçadas de extinção, com exceção dos humanos. Um terço de todos os nossos parentes primatas está em perigo de extinção; conseqüência das ações de outro da mesma espécie.
Provavelmente, o antigo instinto do homem era matar os outros primatas para comer a carne. Nas florestas tropicais brasileiras, os primatas como os monos-carvoeiro são assassinados e utilizados como alimento. Na África, os macacos e símios são mortos e vendidos em mercados.
Perseguidos no passado por atiradores que procuravam troféus de caça, os primatas são mortos hoje para satisfazer a demanda dos turistas por comprar lembranças de viagem. Peles atrativas de macacos e mãos de gorilas transformadas em cinzeiros são lembranças bem populares.
Primatas vivos são tirados da vida selvagem para satisfazer o comércio de animais de estimação ou fornecer animais para pesquisas científicas e farmacêuticas. Os bebês são capturados, depois das mães serem assassinadas, e são vendidos como animais de estimação ou para zoológicos e laboratórios de pesquisa.
No entanto, a destruição do seu hábitat seria a razão principal para o declínio das populações de primatas. Quase todos os macacos e símios são encontrados nos trópicos, a maioria em florestas tropicais ou florestas decíduas tropicais. Estima-se que a derrubada das árvores e o desmatamento para a agricultura destroem, a cada minuto, mais de 50 hectares desse hábitat. Um exemplo disso é o caso do macaco-prego. Esta espécie habita a região tropical da América e chegou a ser considerado completamente extinto, porém, foram encontrados alguns exemplares da espécie na mata Atlântica, no ano de 2006. Recentemente, descobriu-se o primeiro macaco-prego nascido em cativeiro - batizada de Maria - teve sua mãe encontrada em cativeiro ilegal.
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